1) Soldagem a arco com eletrodo metálico
coberto
2) Soldagem a arco sob gás co eletrodo de
tungstênio (GTA)
3) Soldagem a arco gás com eletrodo
metálico (GMA)
4) Soldagem a arco submerso (SAW)
5) Soldagem a arco de plasma
6) Soldagem a laser
7) Solda a resistência (solda a ponto)
8) Soldagem e corte a maçarico
9) Processos de escarfagem e corte
(Biselaagem)
10) Brasagem
11) Soldagem em aço inoxidável
12) Solda com estanho
PERFIL A QUE OS SOLDADORES ESTÃO
EXPOSTOS
1) Fumos Metálicos
2) Gases e vapores
3) Radiações
4) Riscos químicos
5) Riscos Físicos
6) Doenças ocupacionais
1) FUMOS
METÁLICOS: - Os possíveis riscos a saúde
causada por exposições a fumos metálicos durante a soldagem a arco com eletrodo
metálico coberto dependem, obviamente do metal que esta sendo soldado e da
composição do eletrodo. O componente principal do fumo gerado por aço doce é
oxido de ferro.
Os danos causados pela exposição ao fumo de oxido de
ferro parecem ser limitados. A deposição de partícula de oxido de ferro no
pulmão causa realmente uma pneumoconiose benigna conhecida como siderose. Não
há enfraquecimento funcional do pulmão, nem proliferação de tecido fibroso, em
um estudo abrangente sobre dados conflitantes Stokinger (1984) concluiu que
oxido de ferro não carcinogênico para o ser humano.
2) GASES E VAPORES: - A soldagem a arco com eletrodo
metálico coberto tem o potencial de fixar o nitrogênio atmosférico na
forma de oxido de nitrogênio em temperaturas acima de 600º C. Concentrações não
são um problema de soldagem em oficinas abertas. Não fora identificado em mais
de 100 amostras de soldagem a arco com eletrodos metálico coberto, uma
exposição ao dióxido de nitrogênio, maior que 0,5 ppm em uma larga variedade de
condições de operações. O oxigênio é fixado também na forma de ozônio pelo
arco, mais ainda assim não é um contaminante significativo nas operações de
soldagem a arco com eletrodo metálico coberto.
3)
RADIAÇAO:
- A radiação gerada
pela soldagem a arco com eletrodo coberto cobre o espectro que vai desde a faixa IV-C de comprimento de ondas até a faixa UV-C. Até o momento não há nenhuma evidencia danos
aos olhos causados por radiação IV proveniente
da soldagem a arco, a condição conhecida com “areia no olho”, da soldagem a
arco. A condição conhecida como “olho de arco”, “queimadura por luz” é causada
pela exposição à radiação na faixa UV-B.
4) Soldagem a arco sob gás co eletrodo de
Tungstênio (GTA) As concentrações de fumo de solda a arco
sob gás com eletrodo de tungstênio são mais baixas do que na soldagem com
vareta manual e do que na soldagem com eletrodo metálico. Soldagem a arco sob
gás com eletrodo de tungstênio de alta energia produz concentrações de dióxido
de nitrogênio na posição do soldador, a concentração máxima anotada pelo autor
é de 3,0ppm. O argônio produz maiores concentrações de dióxido do que o Helio.
5)
Solda
de arco submerso (SAW): -
Como era de se esperar as concentrações de fumo de metal na solda de arco
submerso são menores do que aquelas das soldas de arco coberto ou de gás devido
ao fundente agir como cobertura, o arco é mantido só o fundente sem centelhas,
fumaças ou chispas. Este método produz apenas 1/8 (um oitavo) de fumo em
comparação com outros procedimentos. Uma analise do fumo da solda a arco
submerso mostra concentrações significativas de dióxido de sílica, oxido de
ferro, fluoreto e manganês.
6)
Soldagem
e corte a arco de plasma (PAW E PAC) – Os danos a saúde causada pela solda de plasma é
semelhante a aqueles apresentados pela solda de arco sob gás com eletrodo de
tungstênio, mas ela introduz alguns problemas novos. O espectro de UV oriundo
a arco de plasma é muito mais intenso do que em outros sistemas de solda o arco
com gás inerte. Isto resulta em exposição relevante da pele e dos olhos e exige
roupas especiais e proteção para os olhos.
7) Solda a laser: - Rocwell e Moss (1983) estudaram
tanto a radiação em feixes como a dispersa proveniente de laser da classe 4 Nd:
YAG em uma aplicação de solda encontraram que a reflexão do raio pode produzir
risco, a radiação em feixes para níveis de carga até 0,3 KW apresenta pequenos
riscos, outros autores recomendam proteção mínima para os olhos com densidade
ótica de 6 em 1,06mm e uma densidade ótica de 1 para luz azul, para o controle
de ambas as radiações diretas e indiretas.
8) Soldagem e corte a maçarico: - Os fumos metálicos se originam no
metal, base de enchimento e do fundente, a concentração de fumo encontrada nas
operações de solda no local dependente principalmente do grau de
enclausuramento da área de trabalho e da qualidade da ventilação, uma vez que a
solda a gás ou de maçarico é realizada em temperaturas inferiores a aquelas da
solda de arco raramente se usa chumbo, zinco e cádmio, os quais tem pressões de
vapores relevantes mesmo em temperaturas baixas. O risco de danos principal na
solda a gás em espaços fechados é devido à formação de dióxido de nitrogênio,
as concentrações maiores ocorrem quando o maçarico esta queimando se estar
soldando. Strizkerkiy (1962) encontrou concentrações de dióxido de nitrogênio
de 280 mg/m3 em um espaço sem ventilação e de 12mg/m3 em um espaço com alguma
ventilação.
9) Brasagem – As temperaturas de brasagem definem
os riscos relativos as varias operações, por exemplo, o ponto de fusão de
cádmio e aproximadamente 140ºC (280ºF), a pressão de vapor do cádmio e as
concentrações de fumos no ar aumentam drasticamente com o aumento da
temperatura, portanto, os metais de enchimento, com as temperaturas mais altas
da brasagem, causarão a mais severa exposição ao cádmio. A exposição a novos
fumos de cádmio durante a brasagem de ações de baixa liga de níquel deram
origem a doenças ocupacionais documentados e representa os principais riscos
nestas operações.
SOLDAS:
AS PRINCIPAIS FUNÇOES DO ELETRODO
REVESTIDO OU COM REVESTIMENTO.
- Ionizar e estabilizar o arco elétrico.
- Proteger a poça da fusão da
contaminação a atmosfera através da geração de gases
- Purificar a poça de fusão.
- Formar uma escoria para proteção de
metal fundido, e em alguns casos ajustar a composição química do cordão, pela
adição de elementos de liga.
TIPOS DE
EQUIPAMENTOS
Para a soldagem com eletrodos
revestidos são utilizados dois tipos de fonte de energia : Transformador e
Retificador.
TRANSFORMADOR
: Fornece uma corrente elétrica denominada alternada, neste caso existe uma
mudança periódica de polaridade quando os valores da corrente ficam próximos de
zero, ocorre instabilidade do arco elétrico, formando inadequada esta corrente
para a soldagem com certos tipos de eletrodos revestidos.
RETIFICADOR :
Fornece uma corrente denominada continua, na qual o fluxo de elétrons percorre
um só sentido do pólo negativo e o pólo mais quente é o positivo, quando o cabo
do porta eletrodo é ligado no terminal negativo temos uma polaridade direta ou
negativa. Para se aproveitar o maior calor gerado no pólo positivo ligamos o
cabo do porta eletrodo no mesmo obtemos uma ligação conhecida como polaridade
inversa ou negativa.
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
Devemos levar
em consideração a aplicação, o tipo, o revestimento e o fator de trabalho a ser
adotado.
ACESSÓRIOS:
Um dos principais acessórios
utilizados no processo é o porta eletrodo, cuja função é transferir ao eletrodo
revestindo a corrente gerada na fonte e conduzida pelo soldador, o porta
eletrodo deve ser isolado existindo vários modelos que são escolhidos em função
da amperagem a ser utilizada. O sistema de fixação possui ranhuras que permitem
emprego de eletrodos de diferentes diâmetros em varias angulações.
O cabo de
soldagem tem função de conduzir a corrente elétrica do equipamento ao porta eletrodo.
O cabo de retorno tem por sua vez a função de conduzir a corrente do metal base
de volta ao equipamento fechado assim o circuito elétrico, para a escolha do
diâmetro do cabo de soldagem a ser utilizada, deve considerar a intensidade da
corrente e ao comprimento total do mesmo, a utilização de cabo com diâmetro
inadequado poderá causar super aquecimento e perda de energia prejudicando a
qualidade da soldagem.
PICADEIRA :
É uma peça usada para a remoção de
escoria proveniente da soldagem, sendo em alguns casos utilizado martelete
pneumático após a remoção da escoria é necessário à limpeza final do cordão com
uma escova de aço.
TIPOS DE
ELETRODOS REVESTIDOS:
É constituído por uma vareta
metálica denominada ALMA com diâmetro de 1.6 a 6 mm e o comprimento entre 300 e
700 mm recoberta por uma camada de fluxo conhecida como revestimento, o
processo de fabricação inicia-se com o reconhecimento de matérias primas e
minerais, ferros ligas e escorificantes, para o revestimento e do arame para a
fabricação da ALMA metálica que deve ser rigorosamente testados a fim de
garantir a qualidade final do eletrodo.
POSIÇAO PARA
SOLDAGEM
A posição
plana é mais utilizada para a soldagem, outras posições utilizadas são:
-
HORIZONTAL
- VERTICAL ASCENDENTE
- VERTICAL DESCENDENTE
- SOBRE A CABEÇA
As principais
aplicações de soldagem de eletrodos revestido são em industrias de estrutura
metálica, serralherias, tubulações, tanques e caldeiras, na industria naval e
industrias metalúrgicas em geral.
NORMAS PARA EPI´S
USO DE EPI´S:
1- Botas com solado isolante
2- Perneiras em couro
3- Avental em couro
4- Mangotes
5- Luvas de raspa
6- Mascaras tipo escudo ou capacete
Fumos e gases
são gerados durante a soldagem e é prejudicial à saúde, é aconselhável a
utilização de sistemas de ventilação ou exaustão para proteção do soldador.
Devemos
considerar o risco de choque elétrico lembrando que o equipamento de soldagem
possuir tensão de 60 80w terminais de saída, sendo necessário o uso de luvas
secas para a troca dos eletrodos.
krystyano_tst@hotmail.com
Cristiano S Pires